domingo, 17 de agosto de 2014

Review: O nome do vento

"O nome do Vento" é o primeiro livro da trilogia "As Crônicas do Matador do Rei", criada pelo escritor Patrick Rothfuss e lançado no Brasil pela editora Arqueiro. É uma obra, na medida do possível, sem clichês.

Eu comprei esse livro na pré-venda, porque oras, "Kvothe is a F*ucking bardo matador de reis". A capa do livro é inteligente e bolada, mas é a sinopse que chama atenção.

"Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão" ... "Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote" e suas duas forças que movem sua vida: O desejo de aprender a arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano. - O lendário e misterioso grupo que assassinou a sua família.
O livro estava aqui acumulando poeira quando decidi ler em uma leitura conjunta por uma página do facebook. Mas, que livro maneiro.
O nome do personagem é Kvothe, um protagonista diferente de todos que já vi. Ele esconde sua verdadeira identidade no simplório proprietário da hospedaria Marco do Percurso, Kote. O livro aborda os fatos narrados por Kote. Um personagem audacioso, inteligente, sempre disposto a colocar seus recém-adquiridos conhecimentos em prática.
Seu apego ao alaúde é tão grande e forte que rendem situações de arrasar qualquer pessoa que tenha um coração. O autor deixou tudo mais palpável ao descrever os personagens, se você não gosta de livros grandes e explicativos demais, não leia. Entretanto, diferentemente de "Guerra dos Tronos", Patrick fez uma simplicidade de leitura que é extremamente eficaz. 

É uma estória de contos, canções, magias e de morte.
Patrick aborda todo tipo de relações inter-pessoais existentes. Você não tem simplesmente um personagem favorito, todos os personagens são tão bem desenvolvidos que você gosta do livro por inteiro e não só dos personagens como já ouvi alguém dizer:
- Só li "A guerra dos tronos" por causa do João das Neves.
A narrativa é exagerada como qualquer outro livro da "literatura fantástica", existem partes boas e existem partes "morgadas", mas a leitura é bem fluída. O Patrick é impecável. Ele criou o seu mundo, mas não fica "enchendo linguiça" para aumentar a quantidade de páginas. Essas coisas tornam um livro chato e demasiado chato. Ainda bem que o Patrick trabalha apenas sinalizando para nós leitores que caminho a nossa imaginação deve seguir.
O autor um mestre com as palavras. Ele usa suas referências de uma forma bem simples e eficaz.
Neste livro, pouco a pouco o passado de Kote vai sendo revelado, assim como a sua multifacetada personalidade. - Notório mago, esmeraldo ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame... Todas ótimas qualidades para um herói ou um vilão, e ai, o que vocês acham?

O segundo livro foi lançado um pouco depois do primeiro, ainda não li, mas dizem ser melhor que o primeiro.

Um comentário:

  1. Eu diria que mesmo não gostando de livros explicativos, leia. Porque a maneira como ele explica as coisas transportam o leitor para um misto de sensações delicioso, difícil não gostar.
    "Abatido. Como uma planta transplantada para o tipo errado de solo e que, na falta de alguma coisa vital, começa a murchar."
    "O céu era um lençol cinza coberto de nuvens que pareciam querer transformar-se em chuva, mas não conseguiam reunir forças para isso."

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