segunda-feira, 3 de junho de 2013

[Resenha] A menina que roubava livros - Markus Zusak

Editora: Intrínseca
Páginas: 480

Sinopse:
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a Própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história. História que, nas palavras dirigidas ao leitor pela ceifadora de almas no início de A menina que roubava livros, "é uma dentre a pequena legião que carrego, cada qual extraordinária por si só. Cada qual ma tentativa - uma tentativa que é um salto gigantesco - de me provar que você e a sua existência humana valem a pena".
Essa mesma conclusão nunca foi fácil para Liesel. Desde o início de sua vida na Rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O manual do coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada 
diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a
assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase
invisível de quem ela prometera jamais falar.
Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

"Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler."


Realmente deve parar para ler. Esse livro me impressionou, chegando quase ao primeiro lugar (alguns milésimos de pontos a menos). Uma história linda e triste em todo o livro. Liesel tendo que viver na Alemanha em pleno Nazismo, onde judeus eram perseguidos e mortos. No meio de tanta guerra Liesel conseguia levar uma vida, quase, normal. Trocava xingamentos e confidencias com Rudy Steiner, como melhores amigos e também se gostavam muito. E Hans que a tratava como sua filha.
Talvez os livros, ou o amor paterna de Hans, ou, até quem sabe, seu amor por Rudy, ou a amizade pelo judeu, seu amigo secreto do porão Max, a fizeram uma garota especial. Tão especial que a Morte decidiu narrar a sua história. Com um final surpreendente e ensinamentos, A menina que roubava livros é o tipo de livro que vale a pena ler e vale a pena se emocionar com ela. Inspirador, triste e maravilhoso.

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